segunda-feira, 9 de março de 2015

Segundo LIRAa de 2015 começa na segunda-feira

Segundo LIRAa de 2015 começa na segunda-feira

A Secretaria de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), dará início na segunda-feira (9) ao Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). Este é a segunda pesquisa anual, sendo as outras duas realizadas em janeiro e outubro.
O trabalho tem por objetivo identificar onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor e orientar as estratégias de combate à dengue e à febre chikungunya. O procedimento é feito por amostragem, sendo que a cada 100 residências, 20 devem ser visitadas pelos agentes de controle de zoonoses. Duzentos e quarenta profissionais, divididos em 19 equipes, deverão percorrer todas as regiões da cidade durante a próxima semana.
Em março de 2014, o levantamento revelou que 3,6% dos domicílios pesquisados tinham focos de reprodução do Aedes aegypti. A comparação entre os índices deve ser feita em iguais períodos do ano, uma vez que as condições climatológicas são similares. Sendo assim, é importante analisar dados avaliando os resultados encontrados em janeiro de um ano com janeiro dos outros anos. Assim como os dados apontados em março, com os índices de março dos anos anteriores e o mesmo para os índices de outubro (ver quadro abaixo).

Índices de 2011 a 2014
Meses
2011
2012
2013
2014
2015
Janeiro
3
2,8
3,9
3,3
3,4
Março
3,8
2
3,8
3,6

Outubro
1,1
1
1,2
1,4




Ações de combate ao Aedes aegypti

Nos meses de janeiro e fevereiro foram realizadas mais de 124 mil visitas domiciliares pelos agentes de controle de zoonoses. Para combater a epidemia da doença, além das visitas, mais de 200 chaves foram coletadas para vistoria em imóveis fechados, mais de 49 mil pneus foram coletados em borracharias e residências, atendidas mais de mil solicitações de vistorias feitas pela população e 1.546 vistorias em imóveis cadastrados como Ponto Estratégico (PE). Foram realizadas também ações de bloqueio com o UBV leve em mais de 10 mil imóveis e controle biológico com peixe em grandes recipientes como piscina e bebedouros de animais em desuso.
Segundo Edimar Olegário, coordenador do Programa de Controle da Dengue, não haverá trégua nas ações de combate no município. “As ações estão intensificadas com agentes monitorando e controlando os focos nos bairros. É preciso tirar as condições favoráveis de abrigo ao mosquito”, afirma.
Devido ao período chuvoso, as notificações de casos suspeitos para a doença se concentram durante este período, chuvas e calor promovem o ambiente ideal para a reprodução do mosquito. Assim, a transmissão e o aumento de número de casos devem persistir nos próximos meses. “O clima é o maior fator que determina a oscilação dos índices e infestação do Aedes aegypti. As chuvas nos últimos dias ativaram o ciclo de vida dos ovos, o que repercute na detecção de novos focos”, completa Edimar.
A coordenação das ações em Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde registrou um total de 1.269 casos notificados de dengue, ou seja, 196 casos para cada 100.000 habitantes no município de Uberlândia até o dia 28 de fevereiro.

Equipes do Programa de Saúde da Família

A Secretaria de Saúde desenvolveu capacitações para os agentes comunitários de saúde e enfermeiros. Segundo a coordenadora de Atenção Primária, Elisa Toffoli, os profissionais de saúde estão atentos a qualquer situação que represente risco de proliferação do mosquito transmissor. “Com esse trabalho as equipes de saúde da família participam do enfrentamento à dengue e à chikungunya nas visitas domiciliares, passando a identificar focos de infestação em suas referências e informando ao CCZ como alerta”, pontua.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Rosana Gervásio, a rede municipal de saúde capacitou cerca de 180 profissionais para o diagnóstico precoce e o tratamento das enfermidades. “O importante é que ao apresentar sintomas das doenças, a pessoa procure uma unidade de saúde imediatamente”, afirma.

Para cada caso, uma ação de bloqueio

Além do trabalho de vigilância, realizado durante todo o ano, ações de proteção à população contra a dengue são desencadeadas assim que são notificados casos suspeitos da doença ao Centro de Controle de Zoonoses. Após notificação de caso suspeito, o CCZ realiza ações de bloqueio num raio de aproximadamente 300 metros a partir do endereço do paciente.
A Secretaria de Saúde promove constantemente a divulgação, orientação e recomendação para que profissionais da rede municipal de saúde participem da estratégia de ensino a distância em manejo clínico para o paciente com dengue. O curso é ofertado pela Universidade Aberta do SUS (Unasus). E o município disponibiliza exames sorológicos para diagnóstico laboratorial em todos os casos suspeitos, sem restrições ou cotas.

Prevenção como principal arma contra o mosquito

Para o secretário de Saúde, Dario Passos, não basta apenas o poder público fazer sua parte. A população precisa se aliar à luta contra o mosquito transmissor da dengue e febre chikungunya. “A ação principal precisa ser de cada morador, pois se cada pessoa reservar alguns minutos no dia e verificar os locais que favorecem o acúmulo de água parada e a reprodução do Aedes aegypti em sua residência, conseguiremos enfrentar a doença e reduzir a incidência dos casos no município”, orienta.

Confira algumas ações simples para combater o mosquito em sua casa:

- Trocar a água dos jarros de flores diariamente e manter seco os pratos que ficam embaixo dos vasos de plantas

- Higienizar e trocar regularmente a água nos recipientes utilizados pelos animais domésticos

- Acondicionar lixo em saco plástico e não descartar vasilhames, cascas de ovo, tampinhas de garrafas no quintal ou em vias públicas

 - Armazenar garrafas em locais cobertos e com a abertura da tampa para baixo

- Higienizar calhas e ralos de banheiro para que resíduos não favoreçam o acúmulo de água

- Guarde pneus secos em locais cobertos ou caso não for utilizá-los o Centro de Controle de Zoonoses fará o recolhimento

- Caso tenha em sua casa piscina em desuso acione o CCZ e faça o controle ambiental com peixes no local


O que significam os índices do LIRAa:

- Inferior a 1%: está em condição satisfatória

- De 1% a 3,9%: está em situação de alerta

- Superior a 4%: há risco de epidemia

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