Segunda dose da vacina contra o HPV já está disponível em Uberlândia

Segunda dose da vacina contra o HPV já está disponível em Uberlândia

A Secretaria Municipal de Saúde iniciou nova etapa da vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV). Desde 1º de setembro, a segunda dose, aplicada seis meses após a primeira, está disponível nas unidades de vacinação para garantir a imunização contra quatro subtipos do HPV – 6, 11, 16 e 18 – até a dose de reforço, em cinco anos. A vacinação é necessária para a adolescente garantir a proteção contra o câncer de colo do útero, segundo tumor mais frequente na população feminina e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

O HPV é transmitido por contato direto com uma pessoa infectada, sendo que a principal forma de transmissão é por via sexual. Estudos realizados com mulheres infectadas com o HPV mostram que as infecções ocorreram logo após o início da vida sexual, por isso a preferência para a vacinação ser antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus.

A vacina, chamada de HPV quadrivalente, foi incluída na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) em março de 2014 para meninas de 11 a 13 anos de idade, e este ano a faixa etária foi ampliada para 9 a 11 anos. A partir do próximo ano, a vacina fará parte do calendário de vacinas apenas de meninas de 9 anos. Mulheres de 14 a 26 anos que vivem com HIV também foram incluídas no grupo alvo da vacina, pois têm probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral.

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é um problema de saúde pública com alta incidência e mortalidade. Segundo o Ministério da Saúde, são aproximadamente 530 mil casos novos e 265 mil mortes ao ano pela doença, sendo 88% desses óbitos nos países em desenvolvimento.

Mulheres infectadas por HPV podem desenvolver lesões intraepiteliais cervicais, mas a maioria regride espontaneamente, especialmente na adolescência. Poucas lesões progridem para lesões intraepiteliais de alto grau, consideradas as lesões que, se não detectadas e tratadas adequadamente, podem progredir para o câncer.

Prevenção e a vacina

A vacina adotada pelo Ministério da Saúde é a HPV quadrivalente, que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18). Ela é preventiva e, portanto, não é recomendada para uso no tratamento do câncer do colo do útero, de lesões displásicas cervicais, vulvares e vaginais de alto grau ou de verrugas genitais. A vacina também não substitui o exame de Papanicolau, pois a HPV quadrivalente não protege contra todos os subtipos do vírus nem confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, o uso do preservativo deve ser mantido.