domingo, 19 de outubro de 2014

Servidor da PMU integra documentário sobre acessibilidade em São Paulo

Servidor da PMU integra documentário sobre acessibilidade em São Paulo

Servidor da Prefeitura de Uberlândia (PMU) há 14 anos, Idari Alves é coordenador do Núcleo de Acessibilidade da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e um dos 20 nomes entrevistados para o documentário “Da invisibilidade à cidadania”, produzido pela Secretaria de Estado de São Paulo da Pessoa com Deficiência. O vídeo, que fala sobre o movimento de luta das pessoas com deficiência para conquistar o direito à cidadania, será lançado neste sábado (18), no Teatro Franco Zampari, em São Paulo.
O ano de 1981, Ano Internacional da Pessoa com Deficiência, proclamado pela ONU, ficou marcado pelo ato do dia 21 de setembro no viaduto do Chá, em São Paulo, em plena ditadura militar, quando por duas horas, o tráfego ficou interrompido para a manifestação das pessoas com deficiência. Várias cadeiras de rodas tomaram o local em sinalização à inclusão como cidadãos. Hoje a data é reconhecida como o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
Integrante do movimento, Idari Alves foi o primeiro historiador a escrever sobre o movimento. Graduado em História e com mestrado em História Social, vem exercendo um trabalho na área técnica de planejamento. Começou como uma tarefa de educação e há alguns anos se tornou referência para outras cidades no que diz respeito à acessibilidade. Uberlândia foi reconhecida duas vezes como exemplo em acessibilidade pelos projetos desenvolvidos.
Outro exemplo desse trabalho foi a criação de uma cartilha, utilizada inclusive por capitais como Brasília e São Paulo, além de outros municípios brasileiros. Com base nas normas da ABNT e da legislação vigente sobre o tema, Idari explica que a cartilha foi pensada como uma ferramenta técnica para facilitar o serviço dos profissionais da área de projeto e contrução. “É um material que prioriza o desenho e resulta da experiência obtida no dia a dia da Secretaria somada ao conhecimento da legislação e das normas que regem a acessibilidade”, explicou o servidor.

Avanço na acessibilidade

            No Brasil, existem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência. Em Uberlândia, a estimativa é a mesma indicada pelo IBGE, ou seja, aproximadamente 25% da população. Apontada pelo Governo Federal como um dos municípios de referência em acessibilidade, Uberlândia segue com o programa que se tornou política de estado e vem transformando o conceito dos novos projetos tanto de construções públicas quanto privadas.
            As novas escolas municipais de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, bem como os prédios em construção das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de pronto-atendimento (UPA) adotam padrões bem elaborados de acessibilidade. Segundo Idari Alves, o assunto está cada vez mais sedimentado no imaginário. Ele explica que quando o projeto de uma obra não é acessível, o proprietário por si mesmo entende como um projeto incorreto.
“É importante entender que a acessibilidade não é só para a pessoa com deficiência. Ela é para todos. Hoje gasta-se muito para adaptar imóveis. Com a mentalidade da inclusão, cria-se algo para a maior gama de pessoas usar, como por exemplo, idosos, gestantes, enfermos, convalescentes, pessoas com carrinhos de bebê, etc.”, destacou Idari Alves.

Fillipe Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.