domingo, 15 de novembro de 2015

Zoonoses introduz segunda espécie de peixe no combate à dengue

Zoonoses introduz segunda espécie de peixe no combate à dengue


O uso de peixes que se alimentam das larvas do Aedes Aegypti em tanques ou depósitos que não podem receber larvicidas é uma das táticas para combater a dengue. A espécie mais popular nesta ação é o lebiste, que há anos é um aliado contra o desenvolvimento dos mosquitos que transmitem a doença em Uberlândia. Agora, a Prefeitura Municipal, por meio de um estudo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), passa a contar com o platy, um peixe exótico de pequeno porte e coloração vermelha, comum em lagos, córregos, rios.
O estudo foi desenvolvido pelo coordenador do Programa de Controle da Dengue do CCZ, Edimar Campos, e contou com a participação do professor do curso de Gestão em Saúde Ambiental da UFU, Boscolli Barbosa Pereira. A pesquisa aponta que é viável utilizar o platy nos ambientes aquáticos com risco de infestação do Aedes Aegypti e que não podem ser tratados quimicamente. Os resultados observados apontam que a quantidade de larvas ingeridas pelo platy, em comparação com o lebiste, em tempos programados, foram mais eficazes na eliminação de larvas nos reservatórios.
Enquanto os platys ingerem cerca de 50 larvas a cada 6 horas, os lebistes demoram cerca de 24 horas para fazer a mesma coisa. As duas espécies podem ser criadas nos mesmos tanques e por essa razão, a implantação do platy nos peixamentos já está acontecendo.
Edimar Olegário esclarece que para eliminar os criadouros e focos do mosquito, as ações da dengue precisam ser integradas para conscientização da população. A aplicação do platy em campo e a distribuição dos peixes na cidade são exemplos. “O trabalho com os peixes só é possível com os parceiros que os fornecem para nós. A Fundação de Excelência Rural de Uberlândia (Ferub) fornece os lebistes e a Secretaria de Agropecuária e Abastecimento tem tanto o lebiste como o platy em tanques conjuntos”, explica.

Educação

A estratégia para popularizar os platys, segundo Edimar, é levar a informação sobre esses peixes para as escolas, numa atividade de popularização do controle biológico. “O motivo é a coloração vermelha dos platys, que chama a atenção e é considerado mais atrativo. As pessoas gostam mais”, conta. A aplicação dos peixes nos pontos críticos da cidade é feita por requisição das pessoas. Se alguma fonte ou reservatório de água que não possa receber o controle químico é encontrada durante a visita dos agentes de controle de zoonoses, o morador é orientado sobre a possibilidade do controle biológico naquele ambiente e o pedido para peixamento é feito junto ao Centro de Controle de Zoonoses. No caso de dúvidas sobre a ação basta entrar em contato pelos telefones: 3213-1470 ou ainda 3213-2391.

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