quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sistema para gerar energia sustentável é instalado em escola municipal

Sistema para gerar energia sustentável é instalado em escola municipal

            Algumas pessoas podem até pensar que consciência ambiental é assunto de gente grande, mas com apenas 10 anos de idade, Maria Fernanda Boaventura de Figueiredo já demonstra preocupação com o futuro. “Estamos vivendo crises de energia e de água e precisamos economizar para resolver os problemas de hoje e do futuro”, disse a estudante do 5º ano da Escola Municipal Milton de Magalhães Porto. Ela e cerca de 420 alunos estão curiosos e encantados com a movimentação de ambientalistas e profissionais envolvidos na instalação de 48 painéis de geração de energia solar na unidade onde estudam diariamente. Os trabalhos começaram no fim de semana e a expectativa é finalizá-los ainda nesta segunda-feira (13).
            A iniciativa faz parte do projeto “Mais sol por um futuro melhor!”, executado pelo Greenpeace Brasil em parceria com Secretaria Municipal de Gestão Estratégica, Ciência e Tecnologia (SMGECT) e com apoio da Secretaria Municipal de Educação. Quando estiver em pleno funcionamento, o sistema de painéis de energia fotovoltaica produzirá cerca de 55% da eletricidade consumida na Milton Porto. Para não perder a oportunidade do momento, o Greenpeace Brasil e a direção da escola promoveram nos últimos dias, nos turnos da manhã e da tarde, diversas oficinas, gincanas, jogos e demais atividades lúdicas para despertar o interesse dos estudantes.
Os trabalhos junto aos alunos começaram em 2014, quando a unidade escolar foi a escolhida para receber o projeto. Na época, Maria Fernanda já se interessou pelo assunto e o levou para sua casa. “Meu pai tem uma oficina mecânica que gasta muita energia. Eu já falei pra ele usar energia solar e economizar”, disse. Orgulhosa de sua atitude, a garota conta que seu pai já está fazendo o orçamento para instalar os painéis.
A mesma receptividade é observada nos demais alunos. “O pessoal do Greenpeace é muito bem-vindo em nossa escola e seus trabalhos se somam ao nosso projeto pedagógico de levar aos alunos o máximo de conhecimento ecológico”, disse a diretora da Milton Porto, Isabel Cristina Silva Carrijo.
“Percebemos que o público infantil e adolescente é muito receptivo às ideias de preservação ambiental. Por isso estamos realizando projetos como estas faixas etárias que são as gerações do futuro”, disse a coordenadora do Greenpeace Brasil, Bárbara Rubim.
No Brasil, somente a Escola Milton Porto e outra no estado de São Paulo receberão o sistema. Juntas, elas economizarão, em média, R$ 25 mil ao ano. Segundo o secretário municipal de Gestão Estratégica, Ciência e Tecnologia, Vitorino Alves, o valor será destinado às escolas e revertido em atividades culturais para os estudantes como viagens, visitas a museus e cursos.
Os recursos da instalação dos equipamentos foram arrecadados pelo Greenpeace Brasil por meio de crowdfunding, um tipo de financiamento coletivo, no qual pessoas físicas podem contribuir. Para as escolas uberlandense e paulista foram arrecadados R$ 200 mil e o prazo de vida útil dos painéis é de cerca de 30 anos.

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