domingo, 7 de setembro de 2014

Classe Hospitalar de Uberlândia ajuda no ensino de crianças em tratamento

Classe Hospitalar de Uberlândia ajuda no ensino de crianças em tratamento

            Reconhecendo a importância de continuidade à educação dentro dos hospitais, Uberlândia sai à frente, sendo a primeira no Estado a oferecer condições de reforço escolar e ensino a crianças internadas, possibilitando que o aprendizado não seja interrompido durante o tratamento hospitalar. O projeto, que funciona desde março de 2013 numa sala no setor de Pediatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, a partir de parceria com a Prefeitura Municipal, vem mudando a vida das crianças que passam por lá.
            “Meu filho tem displasia renal e desde que nasceu está aqui no hospital fazendo vários tratamentos. O ano passado foi o mais difícil e ele não pôde ir à escola. Ter um acompanhamento educacional aqui o ajudou a não ficar atrasado na escola. Além disso, percebo nitidamente sua melhora depois que começou a estudar”, contou Márcia Maciel, feliz com o resultado do recente transplante feito em seu filho.
A classe hospitalar oferece o desenvolvimento de atividades pedagógicas, com mobiliário adequado, instalações sanitárias próprias, completas, suficientes e adaptadas, além de espaço ao ar livre para atividades físicas e ludopedagógicas.
Na tarde desta quinta-feira (4), o prefeito Gilmar Machado, nas atividades de comemoração aos 126 anos da cidade, participou de uma solenidade em homenagem aos criadores da 1ª classe hospitalar. “Parabenizo o trabalho em equipe da Secretaria Municipal de Educação e da Universidade Federal de Uberlândia. Sabemos que não é só a escola que educa, aprendemos a todo o momento e em todos os lugares. Esse é um trabalho em rede, mostrando que juntos podemos levar educação a todos”, mencionou.
O programa pedagógico é de responsabilidade da Escola Municipal Amanda Teixeira e conta com dois professores e um profissional de pedagogia. As aulas são no período da tarde e envolvem atividades do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Tem direito ao atendimento escolar os alunos do ensino básico internados no hospital, que ficam impossibilitados de ir às aulas.
“A legislação garante o direito à educação a crianças hospitalizadas. Essa é uma forma diferente de cuidar de saúde e educação. É possível notar como a recuperação das crianças é melhor, pois ameniza os impactos de muitos tratamentos. Afeto também é remédio e o cuidado que eles recebem é importantíssimo”, disse a secretária de Educação, Gercina Santana Novais.
            As crianças que chegam ao hospital são avaliadas pelos profissionais da Classe Hospitalar, que verificam as habilidades e dificuldades escolares que possuem e, assim, preparam um material adequado para estudo. Algumas escolas também encaminham as atividades já desenvolvidas em sala de aula para que o trabalho possa ser continuado. Como a permanência no hospital depende do tempo de tratamento para cada patologia, não é possível fazer um plano de aula muito longo.


Joana Araújo
Secretaria Municipal de Educação

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