Estiagem contribui para intensificar operação tapa-buracos

Estiagem contribui para intensificar operação tapa-buracos

Com a trégua da chuva pelo segundo dia consecutivo, a operação tapa-buracos, da Prefeitura de Uberlândia, voltou ao seu ritmo normal e com um reforço no número de equipes para resolver as principais demandas. A massa asfáltica quente, que é a ideal neste tipo de serviço e que não é fornecida pelas usinas em dias de chuva constante, voltou a ser produzida para suprir as necessidades da operação.

Após quase 15 dias ininterruptos de chuva, as equipes intensificaram os trabalhos dando prioridade às vias de grande fluxo de veículos e linhas de ônibus, além de buracos que impedem o acesso a garagens, entre outros casos. O prefeito em exercício Paulo Vitiello e o secretário de Obras, Fernando Nascimento, acompanharam de perto a execução dos trabalhos na manhã desta quarta-feira (20), no corredor de ônibus da avenida João Naves de Ávila.

Segundo Fernando Nascimento, é necessário até quatro dias de estiagem para que a massa asfáltica quente, própria para os trabalhos, se firme e tenha um período de duração maior. No entanto, em virtude da grande demanda não é possível aguardar este período e as seis equipes da Secretaria de Obras já estão nas principais vias de Uberlândia com o intuito de dar fluidez ao trânsito.

“Com as chuvas os buracos estavam encharcados, agora que estiou, estamos fazendo o trabalho definitivo. Essa é uma situação real e vamos continuar atuando. As equipes serão aumentadas à medida que houver necessidade e disponibilidade metrológica”, disse Fernando. “Temos disponibilidade financeira e de pessoal para executar todo o trabalho. O que precisamos realmente é um período de tempo seco”, reforçou.

Nos locais onde os reparos acontecem, as equipes estão sinalizando com placas e cones. Por isso, o secretário alerta para que os condutores fiquem atentos e reduzam a velocidade.

Além do corredor de ônibus da João Naves, estão previstas para esta quarta-feira (20), trabalhos nas avenidas Afonso Pena, Geraldo Motta Batista, Getúlio Vargas, Nicomedes Alves dos Santos, Francisco Galassi, Rondon Pacheco (Bairro Aparecida), João Pinheiro e na rua da Bandeira.

Como funciona o trabalho

Com o passar do tempo e o fluxo de veículos, o asfalto começa a se deteriorar. O excesso de água, principalmente nos períodos de chuva, acelera o processo de abertura de buracos nas vias. Por isso, anualmente, equipes da Secretaria de Obras realizam a manutenção das ruas e avenidas.

Para ser tapado com o material adequado, o buraco precisa estar seco. É utilizada massa asfáltica aquecida a 150º C, apropriada para os serviços de execução de recapeamentos. Esse material é fabricado por usinas, em dias secos, e imediatamente utilizado, ainda quente. O material é prensado, sendo necessário um tempo para secar. Caso volte a chover antes que o produto aplicado seque, pode haver o rompimento da massa e os buracos voltam a aparecer.

Por isso, em momentos de maior incidência de chuvas é utilizado, de forma paliativa e emergencial, material fresado (asfalto triturado) até que as condições climáticas sejam favoráveis e as equipes possam concluir o serviço com massa asfáltica quente.

Rodrigo Fernandes

Obras