Melhor em Casa recebe prêmio em congresso de atendimento domiciliar

Melhor em Casa recebe prêmio em congresso de atendimento domiciliar

O Programa Melhor em Casa de Uberlândia foi premiado no XIII Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Atenção Domiciliar. O evento ocorreu na cidade de São Paulo, no último fim de semana (09/11) e reuniu 120 trabalhos e relatos de experiências exitosas de atendimento em domicílio de diferentes estados brasileiros. Com o tema “Acolhimento Educativo e Biopsicossocial: Uma Ferramenta para admissão de pacientes no Programa Melhor em Casa de Uberlândia”, o município foi premiado na terceira colocação. Este foi o segundo prêmio do programa, que também foi reconhecido em 2013, no Fórum de atenção domiciliar em Ribeirão Preto.

A atenção domiciliar possibilita o cuidado do paciente junto à família, evitando hospitalizações desnecessárias, riscos de infecções hospitalares e favorecendo a recuperação. “É fundamental estabelecer o dialogo entre paciente, cuidador e a equipe do Programa Melhor em Casa assim que o paciente passa a ser assistido. Tão importante quanto o acompanhamento pelos profissionais de saúde é a estrutura familiar e adequação da rotina dos cuidadores para promover a continuidade do cuidado”, disse Laerte Honorato, diretor de Rede, da Secretaria Municipal de Saúde.

Em Uberlândia, 295 pacientes estão sendo acompanhados em domicílio pelo Programa Melhor em Casa. Para garantir a assistência segura e humanizada dos pacientes, o programa conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo, dentista, nutricionista, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. A equipe do programa se reúne todos os meses com os cuidadores dos pacientes e aborda as linhas de cuidados no tratamento domiciliar. “É o acolhimento num momento que, muitas vezes, o familiar não sabe como lidar com um paciente que ficou recentemente acamado. Então eles têm o apoio da equipe do programa e também das experiências compartilhadas de outros cuidadores que já passaram pela mesma situação”, disse Vinícius Oliveira, coordenador do Programa Melhor em Casa.

Resultado

Há três meses o aposentado José Maria Custódio, 62 anos, começou a ser atendido pelo Programa Melhor em Casa após ter um acidente vascular cerebral (AVC). “Fiquei internado 45 dias no Hospital de Clínicas antes de começar a ser atendido em casa. Nos primeiros dias mal conseguia levantar a cabeça do travesseiro, tive medo que não conseguiria mais andar”, conta o aposentado.

Além do acompanhamento em residência com médico, enfermeiro e fisioterapeuta, a esposa do aposentado seguiu todas as recomendações para continuidade do cuidado ao paciente. “O fisioterapeuta além de estimulá-lo a sair da cama com os exercícios, passou alguns alongamentos para ele fazer todos os dias pela manhã. Já a enfermeira me orientou sobre como fazer a troca dos curativos e afixei uma ficha na parede contendo o horário de cada medicamento e a alimentação balanceada que não afeta o diabetes”, conta Hélia Ferreira, esposa de José Maria.

Na última visita da equipe de saúde do programa, José Maria mostrou os avanços que tem alcançado com o tratamento. “Já consigo levantar do sofá normalmente e além de caminhar em casa comecei a caminhar em volta do quarteirão. Aos poucos, estou voltando a minha vida normal”, conta.

Fernando Lopes

Saúde