sábado, 19 de novembro de 2016

“Ciência Viva” reúne trabalhos e invenções de 240 alunos de Uberlândia

“Ciência Viva” reúne trabalhos e invenções de 240 alunos de Uberlândia

O “Ciência Viva – 2016”, que está sendo realizado pela Secretaria Municipal de Gestão Estratégica, Ciência e Tecnologia (SMGECT) e o Museu Diversão Com Ciência e Arte (Dica) do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) chega ao fim nesta sexta-feira (18) à noite, com a premiação dos trabalhos vencedores e o reconhecimento dos realizadores a todos os alunos e professores que estão participando do evento.

Com a finalidade de divulgar, popularizar a ciência, promover o desenvolvimento da criatividade e da capacidade inventiva e investigativa na construção do conhecimento, o “Ciência Viva” movimentou nestes últimos dois dias no Campus Santa Mônica da UFU, com a participação de 240 alunos dos ensinos fundamental e médio de mais de 50 escolas municipais e estaduais e privadas. Esta é a XXI edição do evento, que é realizado anualmente em Uberlândia.

Nesta sexta, pela manhã, os alunos receberam a visita do secretário municipal de Gestão Estratégica, Ciência e Tecnologia, professor Vitorino Alves da Silva, da diretora do Museu Dica, Sílvia Martins, e do coordenador do evento, Adevailton Bernardo dos Santos. Eles percorreram os estandes, conversaram com os alunos e assistiram algumas das demonstrações dos trabalhos apresentados. “Os trabalhos estão relacionados ao tema escolhido para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que é: “Ciência alimentando o Brasil””, comentou o coordenador.

O secretário Vitorino Alves da Silva disse que a mostra científica populariza a ciência e desperta nos alunos o interesse pelo assunto. Segundo ele, os trabalhos expostos foram selecionados nas escolas e trazidos para o evento. “Haverá premiação para os melhores trabalhos”, salientou, referindo-se à cerimônia de encerramento que acontecerá ao final da mostra. A premiação será feita por área escolhida no ramo da ciência e por categoria. Participam alunos dos ensinos fundamental e médio.

Participantes

O evento despertou nos participantes a criatividade. Os alunos Gabriel Santos Miranda, 18 anos, Beatriz Ortiz de Camargos, 17 anos, e Heitor Borges Ferreira, 16 anos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), apresentam um trabalho ilustrativo que fala sobre os conflitos da terra e a questão ambiental. Segundo eles, “por causa dos conflitos, o Brasil é hoje o país que mata mais ambientalistas no mundo e a única solução para evitar isso é a redistribuição das terras, através de uma reforma agrária”.

Já Victória Gabrielle e Jéssica Rodrigues, da Escola Municipal Professora Josiany França, no bairro Canaã, escolheram um tema diferente. O trabalho delas trata da prevenção contra a dengue. As duas inventaram uma armadilha para capturar o mosquito Aedes Aegypti transmissor da doença. Ambas utilizaram um pequeno vaso de planta vazio e inseriram nele um mecanismo que captura o inseto, “Elas e os demais colegas participam de um projeto da Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia sobre a dengue e o levam para a prática ensinando prevenção aos moradores do bairro”, disse a professora Leila Castellano Pelizer.

Os alunos Lucas Richard dos Santos Pita, Lucas Gabriel Pereira dos Santos e Elton Caleb Martins Prates, do IFTM, aproveitaram o tema lançado pela Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e criaram um invento que aproveita o ozônio para curar doenças. Os três pretendem chamar a atenção das pessoas para o assunto. “Queremos mostrar que se pode usar o ozônio para curar feridas. Já existem trabalhos de cientistas provando isso”, afirmaram, enquanto manuseavam o invento para os curiosos que estavam no estande.

Crianças também participam da mostra. David Vitor Gimenez, Nicolle Inácio Batista e João Gabriel Pereira Silva, da Escola Municipal Sebastiana Silveira Pinto, do bairro Laranjeiras, provaram que a pouca idade (entre oito e nove anos) não é problema. Os três cuidaram do estande que fala sobre a cultura africana e a alimentação indígena e explicaram aos interessados a importância de alimentos extraídos cultivados pelas etnias na vida da humanidade. Na banca havia produtos como milho, farinha, batata e tapioca e vasilhames antigos, que foram fabricados por índios para processar os alimentos. “É a primeira vez que eles dão uma entrevista”, disse a professora deles.

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